26 outubro 2011

Da contracultura à cultura anciã


Em 1969 Theodore Roszak, o principal teórico da contracultura, escreveu isso em seu clássico “The Making of a Counter Culture: Reflections on the Technocratic Society and Its Youthful Opposition”, traduzido no Brasil como: “A Contracultura: Reflexões sobre a sociedade tecnocrática e a oposição juvenil”

Para o bem ou para o mal, a maior parte do que atualmente ocorre de novo, desafiante, atraente, na política, na educação, nas artes e nas relações sociais (amor, corte sentimental, família, comunidade) é criação de jovens que se mostram profundamente, até mesmo fanaticamente alienados da geração de seus pais, ou de pessoas que se dirigem primordialmente aos jovens. É entre a juentude que a crítica social significativa busca hoje uma audiência receptiva, à medida que, cada vez mais, cresce o consenso de que é aos jovens que compete agir, provocar acontecimentos, correr os riscos e, de forma geral, proporcionar os estímulos. (Theodore Roszak, em 1969)



Em 2009, quarenta anos depois, Roszak escreveu isso no seu último livro, The Making of an Elder Culture: Reflections on the Future of America's Most Audacious Generation, ainda sem tradução no Brasil, mas que traduziríamos como: A Criação de uma Cultura Anciã: Reflexões sobre o Futuro da Geração mais audaciosa da América

Prontos ou não, gostemos ou não - o mundo moderno está se inclinando de forma constante em direção à gerontocracia. Tendências irreprimíveis na vida familiar, na ciência médica, na saúde pública e nas políticas fiscais favorecem a preponderância dos mais velhos. Essas tendências, cada vez mais fortes a cada ano que passa, começam a aparecer como uma condição permanente, de uma forma como jamais havíamos visto antes, rumo a um longo caminho a futuro que ninguém antecipou até os últimos anos do século 20. (Theodore Roszac, em 2009, tradução livre)

Quem diria, hein!?

Nenhum comentário: